terça-feira, 22 de novembro de 2016

Mais de 70 satélites de posicionamento global estão em órbita.

by Instituto GeoEduc

VOCÊ SABIA QUE ESTÃO EM ÓRBITA SOBRE NOSSAS CABEÇAS EXATOS 74 SATÉLITES DE POSICIONAMENTO GLOBAL? E VOCÊ NOTOU QUE O SISTEMA NORTE-AMERICANO GPS JÁ NÃO REINA ABSOLUTO NOS CÉUS?



Com os lançamentos realizados no final de março de 2015, a “constelação” do sistema russo Glonass passou a possuir 28 satélites, sendo 24 operacionais. Já o GPS conta com 32 veículos em órbita, com 30 operacionais. Por sua vez, o sistema europeu Galileo chegou a 8 satélites, com 4 operacionais e o chinês Beidou já possui 17, sendo 16 operacionais.

Toda essa variedade de satélites para posicionamento e navegação ao redor do globo só melhoram a precisão e acurácia do trabalho dos profissionais de geotecnologia em solo, já que fornecem mais opções, principalmente se levarmos em conta locais com problemas para recepção de sinais, como por exemplo em áreas urbanas.

ENTENDENDO O GNSS

Mas, afinal, pra que tanta sigla? Apesar de popularizados com o termo genérico “GPS”, na verdade todos estes sistemas fazem parte de um grande grupo chamado de GNSS (Global Navigation Satellite System). Considera-se que, para ter cobertura global, uma constelação de satélites possua um número mínimo de satélites posicionados em órbita de forma que um receptor sobre a superfície terrestre possa sempre detectar pelo menos quatro satélites acima do horizonte. Nos sistemas GNSS, três satélites são suficientes para determinar as coordenadas do receptor em solo, enquanto o quarto satélite é utilizado para sincronizar o tempo.

REDES GNSS DE MONITORAMENTO CONTÍNUO

Em 2014 a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) dos sistemas GNSS passou a contar com mais de 100 estações, o que foi considerado um marco para o setor de Geodésia no Brasil. Cada estação da RBMC é equipada com um receptor GNSS conectado a um link de internet, através do qual os dados são disponibilizados gratuitamente no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fruto da parceria de dezenas de instituições públicas, dentre as quais destacam-se IBGE, INCRA e INPE, a RBMC é a estrutura geodésica de maior importância para o país.

Novas instituições estão entrando nesta parceria, como por exemplo a Universidade do Estado do Amazonas(UEA), contribuindo com mais estações no estado do Amazonas e o Observatório Nacional, através da cessão dos receptores GNSS.

Hoje, com mais de 110 estações, obtém-se o acesso ao sistema SIRGAS2000 em levantamentos realizados tanto no modo pós-processado quanto em tempo-real.

Destas estações, 92 operam também em tempo real através do serviço RBMC-IP, no qual dados e correções aos dados são disponibilizados via protocolo de Internet conhecido por NTRIP (Networked Transport of RTCM via Internet Protocol), sendo destinado a aplicações em tempo real para usuários que fazem uso da técnica RTK (relativo cinemático em tempo real) nos seus levantamentos.

Através das informações geradas pela RBMC podem-se obter coordenadas geográficas (latitude, longitude e altitude) com precisão de poucos centímetros, necessária para diversas aplicações e atividades profissionais que são realizadas em diferentes áreas, por exemplo, na engenharia, na navegação aérea e marítima, nos cadastros rural e urbano, agricultura de precisão, entre outras. Por isso, a RBMC, em operação desde 1996, tem sido uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento das Geotecnologias no Brasil.


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