quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Programa Nascentes

Proteger a vegetação nativa em torno dos mananciais é fundamental para garantir a segurança hídrica. Pensando na qualidade da água desde a sua fonte, a Sabesp cuida e monitora mais de 33 mil hectares em áreas protegidas na Região Metropolitana de São Paulo. Para garantir a melhoria dos sistemas de produção de água em qualidade e quantidade, a Companhia mantém inciativas de conservação ambiental e reflorestamento das matas, nos entornos das represas, rios e nascentes.

São áreas importantes para a proteção dos mananciais, a Reserva Florestal do Morro Grande, no Sistema Alto Cotia, áreas do Sistema Rio Claro, no Parque Estadual da Serra do Mar e a Área de Proteção Ambiental Capivari. A Companhia também colabora com a preservação e conservação do Parque Estadual da Serra da Cantareira e do entorno das represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro, todas incluídas na Área de Proteção Ambiental do Cantareira.

Um Milhão de Árvores no Cantareira

Em uma iniciativa motivada pela crescente preocupação ambiental, a Sabesp firmou uma parceria com as organizações The Nature Conservancy (TNC) e Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), e com a empresa pública paulista Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa). Juntas, essas quatro instituições ultrapassaram a meta inicial do projeto Um Milhão de Árvores no Cantareira alcançando a marca de 1 milhão e quatrocentas mil árvores entre 2007 e 2010.

O projeto tem como principal objetivo reflorestar áreas no entorno das represas que compõe o Sistema Cantareira, preservando a qualidade e quantidade das águas desse manancial. Isso ajuda a proteger na totalidade a bacia hidrográfica de onde a Sabesp capta água para abastecer 60% da Grande São Paulo.

Foram plantadas 80 espécies de árvores, todas nativas da Mata Atlântica. Parte das mudas plantadas foram cultivadas nos viveiros Jaguari e Alto Cotia, ambos da Sabesp.

Nascentes

A mata ciliar, que é a formação de vegetação nas margens dos rios, córregos, lagos, represas e nascentes, desempenha uma função ambiental muito importante para manutenção da qualidade da água, estabilidade dos solos, regularização dos ciclos da água e conservação das espécies. Ela funciona como os cílios dos nossos olhos, que evitam entrar sujeita em uma parte delicada e importante do nosso corpo.

Sem esse abraço verde em torno das águas, terra, lixo e sujeiras de todo o tipo vão para dentro dos mananciais, trazendo prejuízos ecológicos e dificultando o tratamento de água para o abastecimento. Para ampliar a cobertura de mata ciliar em todo o estado, o Governo de São Paulo criou o Programa Nascentes, do qual a Sabesp faz parte.

Pensando no seu compromisso com o meio ambiente, a Sabesp tem um programa corporativo de plantio e manutenção de 1 milhão de mudas nos próximos anos.

Atualmente, já foram plantadas 213 mil mudas de espécies nativas em áreas do Sistema Cantareira e, até março de 2018, serão plantadas aproximadamente 500 mil mudas. Durante os próximos anos a Sabesp plantará mais 330 mil mudas, alcançando mais de 1 milhão. A empresa realiza a manutenção e monitoramento para garantir o sucesso da restauração.

Além do Sistema Cantareira, a Companhia prevê plantio no Mirante do Paranapanema, no interior do Estado e no entorno do Rio Paraíba do Sul, que banha os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Adicionalmente, a Companhia também participa do Programa Nascentes através de plantio em áreas do reservatório Taiaçubeba, sendo que das 263 mil mudas previstas já foram plantadas 190 mil.

Além de todos os benefícios para manter a qualidade e a quantidade da água necessária para a população, a recuperação das matas ciliares também colabora com a redução de erosão do solo, enchentes e protege a biodiversidade.

Proteção e restauração de mata ciliar

O Programa Nascentes alia a conservação de recursos hídricos à proteção da biodiversidade por meio de uma estrutura institucional inovadora. O programa de governo, que envolve 12 secretarias de estado, otimiza e direciona investimentos públicos e privados para cumprimento de obrigações legais, para compensação de emissões de carbono ou redução da pegada hídrica, ou ainda para implantação de projetos de restauração voluntários.

O programa une especialistas em restauração, empreendedores com obrigações de recuperação a serem cumpridas e possuidores de áreas com necessidade de recomposição da vegetação nativa.

Metas
Com este Programa, será promovida a restauração de cerca de 20 mil hectares de matas ciliares. A meta da primeira fase do programa é recuperar 4.464 hectares de matas ciliares, utilizando 6,3 milhões de mudas de espécies nativas.

Com quase dois anos de programa , foram realizados plantios em áreas prioritárias de X municípios. São 3.940 hectares em processo de restauração, o que equivale a mais de 6.5 milhões de mudas (considerando o espaço padrão 2m x 3m, ou seja 1667 mudas por ha) plantadas ou 9200 campos de futebol (O padrão Fifa tem o campo oficial com 7.140m2). O programa ainda conta, atualmente, com 13 projetos prontos para contratação e mais de 105 mil hectares disponíveis para receber projetos de restauração, utilizando-se de informações prestadas no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
A importância das matas ciliares
A figura abaixo ilustra a presença ou não das matas ciliares e as respectivas consequências.

Do lado esquerdo, temos um rio saudável, com a mata ciliar auxiliando a ação da natureza. Já do lado direito temos os malefícios da ausência dessa vegetação. Sem as matas ciliares, as nascentes secam, as margens dos rios e riachos solapam, o escoamento superficial aumenta e a infiltração da água no solo diminui, reduzindo as reservas de água do solo e do lençol freático. As consequências são dramáticas para o meio ambiente: a poluição difusa chega facilmente aos mananciais, a vida aquática é prejudicada, a ocupação desordenada chega às margens de rios e reservatórios, transformando-os em grandes esgotos ou lixões.

Certificado e Selo Nascentes
Pode receber o Certificado toda pessoa física ou jurídica que execute um projeto de restauração ecológica dentro do Programa Nascentes, aprovados pelo Comitê Gestor.

Os projetos voluntários que restaurem pelo menos 10 hectares, ou que para o cumprimento de obrigações legais adicionem 10 hectares ao projeto ou realizem o dobro da restauração exigida, garantem à empresa o Selo Nascentes, ícone do comprometimento com a preservação do meio ambiente e preocupação com a segurança dos recursos hídricos do estado de São Paulo. Maiores informações: Resolução SMA nº 50, de 24 de julho de 2015

Banco de Áreas
O Banco de Áreas é o cadastro de áreas disponíveis para restauração ecológica no Estado, dividido entre áreas públicas e áreas privadas.

Áreas do ITESP contém áreas provenientes de assentamentos do ITESP. Atualmente conta com cerca de 12.000 hectares de áreas a serem recuperadas nos assentamentos estaduais localizados em 29 municípios do Estado.
A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva” – Fundação ITESP, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, é a entidade responsável por planejar e executar as políticas agrária e fundiária do Estado de São Paulo. Dentre as inúmeras atividades que promove está a democratização do acesso a terra, em benefício de posseiros, quilombolas, trabalhadores rurais sem, ou com pouca terra.

Áreas do CAR é composta por Áreas de Preservação Permanente (APP) desprovidas de vegetação, resultantes da inscrição de imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR), onde o proprietário manifestou interesse em disponibilizar sua APP para restauração ecológica com recursos de terceiros.

Áreas em Unidades de Conservação (UCs) é composta por áreas da Fundação Florestal localizadas dentro de Unidades de Conservação e que necessitam de processos específicos de restauração.

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